EXÍLIO
O ato de não viajar, imposto à vida contemporânea neste período de pandemia traz-me o sentimento de exílio em territórios tão conhecidos, familiares, íntimos como minha própria casa, meu jardim e minha rua. Desencadeia em mim o desejo, a ânsia de viajar.
As fotografias são manifestações telúricas de meus deslocamentos espaço-temporais virtuais em busca de pessoas e lugares conhecidos e desconhecidos.
Não fazemos imagens do desejo de viajar, mas podemos mostrar fotografias que a mente produz sobre esta vontade, de tal forma que possamos reconhecer esses símbolos.
Diz-se que as fotografias têm essa capacidade de representar o intangível. Eu acredito nisto. (Antonio Mozeto)